sábado, 2 de maio de 2009

Dança de Salão: 8 Maneiras de divertir sua Dama


Mais um texto que não é nosso, mas que vale, e muito, ler!

Bom fim de semana a todos!


Dança de Salão: 8 Maneiras de divertir sua Dama



Autor: Haroldo Lage



Vista sua melhor roupa, calce seu melhor sapato, acerte no perfume, afine os ouvidos, estufe o peito e convide aquela bela dama para um passeio pela pista.


Leve-a para um desfile pelo salão. Você que conduz, você que define a coreografia, seus braços e tronco mostram o caminho, mas é ela que brilha.


A dança de salão é uma atividade de Homem e de Mulher, ou melhor, ainda, de um Cavalheiro e uma Dama, sem machismos, feminismos ou outros idiotismos. Simples (e delicioso) assim.


Dança de Salão é somente para idosos? Reveja seus conceitos, meu caro. Vindo da nobreza européia que curtia principalmente a valsa, gerou, para nossa alegria, ritmos variados em diversos cantos do mundo como o Forró, Samba de Gafieira, Soltinho e Tango. Dizem as lendas que a dança de salão é o caminho mais curto entre “desconhecida” e “abraçados com sua boca a 3 dedos da orelha da dama”. Tudo com respeito é claro, o que menos se precisa num baile é de homens que não sabem tratar uma mulher como a dama que ela merece (o mesmo para as damas, mas isso tem se mostrado menos freqüente).


Fazendo par com os 8 tempos que marcam a maioria dos ritmos da dança de salão, falarei sobre os principais 8 ritmos que possuem destaque no Brasil.




  1. Bolero: Comecemos com o Bolero. Seus avôs dançavam, seus pais dançavam, por que você dançaria? Pegue um clima mais romântico, bem no estilo dos gênios do romantismo já mencionados aqui no PdH, um passo básico gostoso de dançar agarradinho e falar besteiras no ouvido da dama e um repertório que permite fazer pequenos shows em momentos menos apegados. Libere o brega romântico apaixonado e curta esse ritmo que além de muito agradável, serve de porta de entrada para muitos dançarinos de salão.


  2. Tango: Vamos avançar para o Tango, que junto com o vinho foi provavelmente a melhor coisa que já veio da Argentina. Os hermanos do rio da Prata criaram esse estilo e são os melhores no gênero. Característico pelo porte, leveza dos passos, sutileza na condução e liberdade. Ao contrário da maioria dos outros estilos, não existe um “passo básico”, e é aí que reside sua maior beleza e sua maior fraqueza. Nada de “sair com a direita”, “para frente com a esquerda”, muito antes pelo contrário, a liberdade é imensa. Essa liberdade é que assusta alguns iniciantes, mas não se acanhe e lembre-se que o estilo menos complicado de começar é aquele que você mais gosta.


  3. Salsa: Seguindo a jornada, passemos por um estilo mais caliente, expansivo, alegre e descontraído. Que venha a Salsa! No Brasil conhecemos basicamente 2 estilos, a salsa Los Ângeles, que é mais dançada nos salões e a salsa de roda de casino, ou salsa Cubana, que lembra muito a nossa quadrilha de festa Junina com seus passos combinados e berrados em bom tom pelo comandante da roda, para o azar de sua parceira. Parceira essa que de quando em vez recebe carta de alforria e se separa do parceiro para que ambos possam executar passos independentes conhecidos como “shines”. Muitos giros e energia explosiva, essa dança vale mais do que dezenas de aulas de aeróbica e centenas de terapia. Tornou-se um dos meus favoritos, tamanha é sua energia.


  4. Samba: Pulando para o estilo seguinte temos o querido Samba. Ponha seu melhor sorriso na cara, ligue o seu senso de malandro que só a vida no morro te dá e entre na pista, mesmo que você tenha sido criado pela avó até os 46 anos e nunca tenha se afastado dos bons costumes. Se entregue ao ritmo muito conhecido por nós. Seja sozinho, exibindo o samba no pé ou conduzindo a sua dama com firmeza numa gafieira doida. É relativamente fácil encontrar bons sambistas no pé, mas poucos são os que dominam a arte de dançar com a dama. Não sabem o que estão perdendo, entre “ganchos”, “tranças”, “rodos” e “chicotes” eu passo a noite sem preocupações.


  5. Valsa: Sigamos para Valsa que ao contrário dos demais estilos desses artigos, que são baseados em 4 tempos, a valsa e firmada nos 3 tempos. Esqueçam as festas de 15 anos e casamentos, a valsa vai bem além disso. Um dos mais populares estilos em danças de competição, onde os passos são milimetricamente estabelecidos, visando sempre a elegância e estilo. No Brasil dançamos pela simples diversão e convenção social, mas na Europa é esporte e levado a sério. Como esporte, a valsa engatinha no Brasil (junto com outros estilos como quickstep, slow fox e outros), impulsionada por eventos como o Congresso Internacional de Dança Esportiva.


  6. Soltinho: Outro velho conhecido é o Soltinho. Embora a dança, de origem brasuca, seja pouco difundida, é muito divertida de dançar. Filho direto do Rock europeu, ganhou ares mais brasileiros sem perder as origens. É um estilo mais descontraído, uma brincadeira no salão. Com muitos giros e jogos de perna, é conhecido por Soltinho por não usar a posição clássica de dança de salão, isto é, mais colado com a dama, e sim algo que lembra (de longe) a posição da salsa, pois o contato é basicamente entre as mãos. É também o estilo que tem-se mais chance de se dançar em uma boate, isso se você conseguir espaço na pista.


  7. Zouk: Avançando por outros terrenos temos o Zouk, que dentre suas origens é dito como filho sensual da lambada. Exageros a parte, esse é o estilo que mais permite uma sensualidade explícita (lembrando que sensualidade e vulgaridade são diferentes e distantes). A batida é simples e direta, acompanhada por vocais muitas vezes em francês. Os movimentos da dança muitas vezes simulam uma pequena guerra dos sexos, mas pelo sorriso de quem dança, essa batalha vai longe. É um estilo que permite movimentos bem independentes do tronco e do quadril e é nessa liberdade que reside sua sensualidade. É um dos estilos que comecei a aprender por último e estou curtindo muito.


  8. Forró: O ritmo é gostoso e simples, uma dança menos técnica, tudo isso por um motivo bem simples: uma música dançada com uma mocinha interessante faz a gente esquecer qualquer técnica.


Conclusão


Qual estilo escolher? Confesso que a escolha é difícil, é tão maravilhado esse mundo da dança que é difícil gostar mais de um do que de outro. Do Soltinho o bom é da curtição e da festa, do Tango o porte e a condução, do Zouk a sensualidade e o movimento, do Bolero o clima e os passos, do Forró o ritmo e o aconchego, da Salsa a alegria e energia, do Samba o gingado e as brincadeiras e da Valsa o porte e estilo. Fica dificil escolher! Mas tudo bem, você gostou da idéia e quer aprender a dançar. Mas onde? Lugares de qualidade para aprender e praticar felizmente tem em toneladas pelo Brasil.

Nenhum comentário:

Postar um comentário